O BOULEVARD DO CRIME (1945)
Les enfants du paradisOutros Títulos: | Os rapazes da Geral (Portugal) Children of Paradise (USA) Los niños del paraíso (Espanha) Amanti perduti (Itália) Kinder des Olymp (Alemanha) Kinder des paradieses (Austria) Paradisets barn (Suécia) Komedianci (Polônia) Дети райка (União Soviética) |
Pais: | França |
Gênero: | Drama |
Direção: | Marcel Carné |
Roteiro: | Jacques Prévert |
Produção: | Raymond Borderie, Fred Orain |
Design Produção: | Alexandre Trauner |
Música Original: | Maurice Thiriet |
Fotografia: | Marc Fossard, Roger Hubert |
Edição: | Henri Rust |
Direção de Arte: | Léon Barsacq, Raymond Gabutti |
Figurino: | Antoine Mayo |
Efeitos Sonoros: | Robert Teisseire |
Nota: | 9.3 |
Filme Assistido em: | 1951 |
Arletty | Claire Reine, apelidada Garance |
Jean-Louis Barrault | Baptiste Debureau |
Pierre Brasseur | Frédérick Lemaître |
Pierre Renoir | Jéricho |
María Casarès | Nathalie |
Marcel Herrand | Pierre-François Lacenaire |
Fabien Loris | Avril |
Marcel Pérès | Diretor dos "Funambules" |
Palau | Diretor de Palco |
Etienne Decroux | Anselme Debureau |
Louis Salou | Édouard, Conde de Montray |
Jane Marken | Mme. Hermine |
Marcelle Monthil | Marie |
Louis Florencie | Policial |
Rognoni | Diretor do Grand Théâtre |
Jacques Castelot | George |
Paul Frankeur | Inspetor de Polícia |
Albert Rémy | Scarpia Barrigni |
Robert Dhéry | Celestin |
Festival Internacional de Veneza, Itália
Prêmio da Crítica Internacional - Menção Especial (Marcel Carné)
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Roteiro Original (Jacques Prévert)
Na Paris de 1828, o "Boulevard du Temple", mais conhecido como "Boulevard du Crime", por estar localizado numa região de constantes assaltos e até mesmo de assassinatos, é a grande avenida onde se apresenta toda sorte de artistas populares. É também lá que estão casas de espetáculos como o "Théâtre des Funambules", em cujo palco apresenta-se o mímico Baptiste Debureau, que vem atraindo multidões para vê-lo em cena. É nesse ambiente que chega Frédérick Lemaître, talentoso e ambicioso ator em busca de emprego, e que é contratado para fazer pequenos papéis nas peças de Baptiste, de quem se torna amigo, indo morar na mesma pensão de Mme. Hermine.
Acostumado a vagar solitário pelas ruas à noite, o mímico é levado pelo mendigo e falso cego 'Fio de Seda' ao bar "La Gorge Rouge", onde vê Garance, a mulher por quem é apaixonado, em companhia do ladrão e assassino Lacenaire. Ignorando o perigo, o tímido e romântico Baptiste corteja Garance, e, embora seja correspondido, é expulso do local por Lacenaire.
Mesmo expulso, Baptiste consegue levar Garance até a pensão de Mme. Hermine onde, devido à sua timidez, não consegue consumar fisicamente seu amor, deixando-a sozinha no quarto. Só que, no quarto ao lado, o sedutor Frédérick descobre a nova vizinha e tem um caso com ela.
Além de prejudicar sua atuação no teatro, a desilusão amorosa faz com que Baptiste enfim se case com a colega de cena Nathalie, ao mesmo tempo em que Garance, acusada injustamente de um crime cometido por Lacenaire, sucumbe ao assédio do Conde de Montray, casando-se com ele para escapar da prisão.
Frédérick, por sua vez, deixa o "Funambules" em busca de papéis de maior destaque e que lhe tragam o sucesso tão cobiçado.
Sete anos mais tarde, Baptiste torna-se um mímico célebre, ao mesmo tempo em que Frédérick é reconhecido como um astro famoso. É quando Garance, descobrindo que cometeu um erro ao se casar com o Conde, retorna ao convívio dos dois, provocando incidentes dramáticos.
Embora não se trate de um filme premiado, "O Boulevard do Crime" é, sem dúvida, um dos melhores filmes franceses de todos os tempos. Realizado pelo grande cineasta francês, Marcel Carné, na fase final da ocupação nazista, o filme é ambientado no início do século XIX e gira em torno de quatro personagens principais: o mímico Debureau, o ator Frédérick, o ladrão e assassino Lacenaire e a bela Garance.
Partindo de um excelente roteiro, escrito por Jacques Prévert, Carné realiza um trabalho admirável. A reconstituição do "Boulevard du Crime" é fantástica. Os diálogos de Prévert são perfeitos e de um realismo poético.
A atuação dos principais atores é excepcional. Jean-Louis Barrault nos brinda com saborosos números de mímica. Mas o maior destaque fica por conta de Arletty, em torno da qual gravitam, em um balé apaixonado, homens fascinantes.
CAA