A MULHER FAZ O HOMEM (1939)
Mr. Smith goes to WashingtonOutros Títulos: | Peço a palavra (Portugal) Monsieur Smith au Sénat (França) Mr. Smith va a Washington (Itália) Caballero sin espada (Espanha, Argentina, México, Peru) Mr. Smith geht nach Washington (Alemanha) Mr. Smith i Washington (Suécia) Mr. Smith kommer til Washington (Dinamarca) Мистер Смит едет в Вашингтон (União Soviética) |
Pais: | Estados Unidos |
Gênero: | Drama |
Direção: | Frank Capra |
Roteiro: | Sidney Buchman |
Produção: | Frank Capra |
Música Original: | Dimitri Tiomkin |
Direção Musical: | Morris Stoloff |
Fotografia: | Joseph Walker |
Edição: | Al Clark, Gene Havlick |
Direção de Arte: | Lionel Banks |
Figurino: | Robert Kalloch |
Guarda-Roupa: | Ray Howell, Forrest T. Butler, Roselle Novello |
Maquiagem: | William Knight, Fred B. Phillips |
Efeitos Sonoros: | John Livadary, Edward Bernds |
Efeitos Especiais: | Fred Jackman Jr. |
Efeitos Visuais: | Slavko Vorkapich, John Hoffman |
Nota: | 9.8 |
Filme Assistido em: | 1963 |
James Stewart | Jefferson Smith |
Jean Arthur | Clarissa Saunders |
Claude Rains | Sen. Joseph Harrison Paine |
Edward Arnold | Jim Taylor |
Guy Kibbee | Gov. Hubert Hopper |
Thomas Mitchell | Diz Moore |
Eugene Pallette | Chick McGann |
Beulah Bondi | Ma Smith |
H. B. Warner | Sen. Agnew |
Harry Carey | Presidente do Senado |
Astrid Allwyn | Susan Paine |
Ruth Donnelly | Emma Hopper |
Grant Mitchell | Sen. Mac Pherson |
Porter Hall | Sen. Monroe |
Pierre Watkin | Sen. Barnes |
William Demarest | Bill Griffith |
Dick Elliott | Carl Cook |
Robert Walker | Sen. Holland |
Jack Carson | Sweeney Farrell |
Ann Doran | Secretária de Paine |
Frank O'Connor | Sen. Alfred |
Edmund Cobb | Sen. Gower |
Stanley Andrews | Sen. Hodges |
Sam Ash | Sen. Lancaster |
Harry A. Bailey | Sen. Hammett |
Al Bridge | Sen. Dwight |
Billy Watson | Peter Hopper |
Delmar Watson | Jimmie Hopper |
Donald Kerr | Repórter |
George Chandler | Repórter |
Eddy Chandler | Reporter |
Hank Mann | Fotógrafo |
Johnny Russell | Otis Hopper |
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor História Original (Lewis R. Foster)
Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA
Prêmio de Melhor Ator (James Stewart)
National Board of Review, USA
Prêmio NBR dos 10 Melhores Filmes
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Filme (Columbia)
Oscar de Melhor Trilha Sonora (Dimitri Tiomkin)
Oscar de Melhor Direção (Frank Capra)
Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (Harry Carey)
Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (Claude Rains)
Oscar de Melhor Roteiro Original (Sidney Buchman)
Oscar de Melhor Direção de Arte (Lionel Banks )
Oscar de Melhor Gravação de Som (John P. Livadary)
Oscar de Melhor Edição (Gene Havlick, Al Clark)
Oscar de Melhor Ator (James Stewart)
Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA
Prêmio de Melhor Filme
A morte de um dos senadores dos Estados Unidos provoca uma corrida inflamada pela indicação de seu substituto, que está a cargo do governador do Estado de Montana, Hubert Hopper. Marionete do influente industrial Jim Taylor, assim como muitos dos senadores a serviço do país, o governador fica indeciso sobre quem colocar no cargo, mas acaba cedendo à sugestão de seus filhos e indica para a posição o chefe dos escoteiros em Jackson City, Jefferson Smith. A escolha é apoiada também por seus pares corruptos, incluindo o proeminente senador Joseph Paine, que transforma o novo congressista em seu protegido.
Sua falta de experiência faz com que Smith não seja levado a sério por seus pares nem por Clarissa Saunders, uma funcionária do Congresso designada para secretariá-lo. Ao tentar se inteirar do teor de alguns projetos, recebe de Paine o conselho de não perder tempo com os mesmos, já que todos foram elaborados por equipes de especialistas altamente qualificados. O velho senador sugere que ele procure escrever algum projeto que venha a beneficiar o Estado deles. Com isso, Paine pretende mantê-lo afastado do esquema de corrupção com o qual se acha comprometido.
Smith resolve, então, desenvolver um projeto para criação de um acampamento para jovens, o qual não só deverá abrigar garotos de Montana, como de outras regiões do País. Ao ouvi-lo falar do mesmo com tanto entusiasmo, Clarissa fica encantada com os sentimentos puros do novo senador, mudando radicalmente sua opinião sobre ele e passando a dar todo o suporte de que ele necessita para levar a cabo sua tarefa.
Concluído o trabalho, ele o apresenta numa das sessões do Senado. Durante sua fala, Smith explica que o acampamento proposto deverá ser levantado nas adjacências de um afluente do rio Willet Creek, em Terry Canyon. Ao ouvi-lo, Paine se retira e aciona um esquema para mantê-lo afastado do Congresso, no dia seguinte, quando deverá ser votada a liberação de verbas para a represa Willet.
O poderoso Jim Taylor chega à Washington com material falsificado para desqualificar o jovem senador, caso o mesmo não se dobre ao seu esquema de corrupção. Ao tomar conhecimento do que está sendo montado contra Smith, Clarissa lhe mostra uma cópia do projeto de Paine que visa beneficiar Jim Taylor em troca de altas propinas.
Não se dobrando às exigências dos dois corruptos, Smith comparece à sessão que deve liberar US$ 5 milhões para desapropriação, desvio e represamento das águas de Willet Creek. Sabendo que ele pretende denunciar o esquema de propinas, Payne se adianta e, aproveitando-se das falsas provas trazidas por Taylor, requer a imediata abertura de um processo de cassação do mandato de Smith por quebra de decoro parlamentar.
Diante de tanto jogo sujo, o jovem senador decide largar tudo e voltar para Jackson City, mas é impedido por Clarissa que, a essa altura, encontra-se por ele apaixonada e decidida a ajudá-lo a desmascarar o sistema de corrupção existente no Congresso.
Dominando o regulamento que rege o funcionamento do Senado, Clarissa instrui Smith sobre como agir e recorrer a determinados artigos que lhe garantirão o direito de falar por quanto tempo julgar necessário. Assim, por diversas horas, ele expõe a situação de seu Estado, que precisa se livrar de uma quadrilha de sanguessugas, que controla a máquina política através de propinas pagas a congressistas. No caso da represa Willet, por exemplo, o Sr. Taylor quer vê-la construída para seu proveito próprio.
Ao final de sua fala, ele encara Paine, a quem lembra que ele e seu pai sempre o admiraram por ser o senador um defensor das causas perdidas, aquelas pelas quais vale a pena lutar e até mesmo morrer, como no caso de um antigo conhecido dos dois. Exausto, Smith desmaia a seguir.
Essas últimas colocações do jovem senador batem fundo em Paine que, não suportando as tensões decorrentes, explode aos gritos dizendo que ele é quem deve ser cassado, pois tudo o que Smith falou é verdade!
Baseado numa história de Lewis R. Foster, "A Mulher Faz o Homem" é um dos melhores filmes de todos os tempos. Produzida e dirigida pelo grande cineasta Frank Capra, essa comédia dramática gira em torno da corrupção na política e da grandeza daqueles que a ela resistem.
A trama mostra uma clássica luta entre o bem e o mal, um verdadeiro enfrentamento entre David e Golias. Se há uma clara mensagem que Capra pretende passar é a de que, por pior que seja a adversidade, nunca se deve perder a esperança. Embora se trate de uma produção de 1939, "A Mulher Faz o Homem" é um daqueles filmes destinados a não envelhecerem.
O trabalho de Capra é perfeito. Aliás, o filme é magnífico em quase todos os aspectos, o que justifica as 11 indicações ao Oscar por ele recebidas. Indicado ao Oscar de Melhor Ator, James Stewart foi injustiçado pela Academia ao perder a estatueta para Robert Donat, por sua atuação em "Adeus, Mr. Chips". Além de James Stewart, merecem também ser destacados, por seus respectivos papéis, os atores Claude Rains, Thomas Mitchell, Jean Arthur e Harry Carey.
CAA