RAY (2004)
RayOutros Títulos: | Rejus (Lituânia) Rej (Sérvia) Рей (Ucrânia) Рэй (Rússia) |
Pais: | Estados Unidos |
Gênero: | Drama, Música, Biográfico |
Direção: | Taylor Hackford |
Roteiro: | James L. White |
Produção: | Howard Baldwin, Taylor Hackford, Stuart Benjamin, Karen Baldwin |
Design Produção: | Stephen Altman |
Música Original: | Craig Armstrong |
Música Não Original: | Ludwig van Beethoven, Ray Charles, Hoagy Carmichael |
Coreografia: | Vernel Bagneris |
Fotografia: | Pawel Edelman |
Edição: | Paul Hirsch |
Direção de Arte: | John Bucklin, Scott Plauche |
Figurino: | Sharen Davis |
Guarda-Roupa: | Linda Gardar, Stephen Chudej, Donna Chance e outros |
Maquiagem: | LaLette Littlejohn, Kathleen Sandoval, Stacy Kelly e outros |
Efeitos Sonoros: | Scott Millan , Greg Orloff, Bob Beemer e outros |
Efeitos Especiais: | Chris Bailey, Thomas Rasada, Bob Cooper |
Efeitos Visuais: | Wendy Klein, Chad Dombrova, Payam Shohadai |
Nota: | 9.1 |
Filme Assistido em: | 2005 |
Jamie Foxx | Ray Charles |
Kerry Washington | Della Bea Robinson |
Regina King | Margie Hendricks |
Clifton Powell | Jeff Brown |
Harry J. Lennix | Joe Adams |
Bokeem Woodbine | Fathead Newman |
Aunjanue Ellis | Mary Ann Fisher |
Sharon Warren | Aretha Robinson |
C. J. Sanders | Ray Robinson, quando criança |
Curtis Armstrong | Ahmet Ertegun |
Richard Schiff | Jerry Wexler |
Larenz Tate | Quincy Jones |
Kurt Fuller | Sam Clark |
Denise Dowse | Marlene |
Terrence Dashon Howard | Gossie McKee |
David Krumholtz | Milt Shaw |
Wendell Pierce | Wilbur Brassfield |
Chris Thomas King | Lowell Fulson |
Thomas Jefferson Byrd | Jimmy |
Robert Wisdom | Jack Lauderdale |
Patrick Bauchau | Dr. Hacker |
Kimberly Ardison | Ethel McRae |
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Ator (Jamie Foxx)
Oscar de Melhor Mixagem de Som (Scott Millan, Greg Orloff, Stuart Benjamin, H. Baldwin )
Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio de Melhores Efeitos Sonoros
Prêmio de Melhor Ator (Jamie Foxx)
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Ator em um Musical ou Comédia (Jamie Foxx)
Círculo de Críticos de Cinema de Londres, Inglaterra
Prêmio Ator do Ano (Jamie Foxx)
Prêmios para Jovens Artistas, EUA
Prêmio de Melhor Ator Jovem em Papel Coadjuvante (C.J. Sanders)
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Filme
Oscar de Melhor Direção (Taylor Hackford)
Oscar de Melhor Edição
Oscar de Melhor Figurino
Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio Anthony Asquith de Melhor Música
Prêmio de Melhor Roteiro Original
Prêmios David di Donatello, Itália
David de Melhor Filme Estrangeiro
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Filme - Musical ou Comédia
O filme inicia-se em 1949, quando Ray Charles Robinson, aos 19 anos, parte do norte da Flórida para Seattle onde, após um rápido encontro com Quincy Jones, passa a tocar piano com Gossie McKee para Marlene, a gerente de um Clube que se aproveita de seu talento, tanto no palco como fora dele. É aí que, através do apresentador do Clube, ele se inicia no consumo de drogas.
Em flashbacks, é mostrado que, ainda novo, sua família mudou-se de Albany, Georgia, onde ele nascera, para uma pequena e pobre comunidade da Flórida. Aí, aos quatro anos, ele vê seu irmão George morrer afogado dentro de um reservatório usado para lavagem de roupas, o que o deixa traumatizado. Aos cinco anos, senta-se ao piano pela primeira vez, incentivado por um velho pianista da comunidade. Acometido de glaucoma, fica cego aos sete anos de idade. àSua mãe o envia à Escola St. Augustine, para surdos e mudos, onde ele aprende a ler em braile, a ler textos e notas musicais.
Em Seattle, ao descobrir que está sendo explorado por Marlene e Gossie, aceita o convite de Jack Lauderdale, assinando um contrato com a Swing Time Records, onde toca e canta no estilo de Nat King Cole e Charles Brown. Por sugestão de Lauderdale, ele passa a se assinar apenas como Ray Charles, bem como, começa a criar o seu próprio estilo de música. Em 1951, é banido do Estado da Georgia, ao se recusar a tocar para uma platéia racialmente segregada.
Em 1952, quando a Atlantic Records compra a Empresa de Lauderdale, ele começa a estourar na mídia, com a música "Messing Around", uma canção escrita pelo produtor Ahmet Ertegun da Atlantic. No ano seguinte, ele introduz um novo tipo de música, hoje conhecido como 'soul', ao misturar, de forma pioneira, elementos da música 'gospel' com 'rhythm & blues', em "I've Got a Woman", dedicada à sua mulher, Della Bea Robinson.
Sua crescente dependência de drogas e sua vida longe de casa, em turnês pelo País, fazem com que surjam tensões entre ele e Della Bea, principalmente quando ele se envolve com algumas de suas 'back-vocals', como Mary Ann Fisher e Margie Hendricks, com quem tem um filho.
Em 1959, ao se apresentar em um 'nightclub', ele improvisa uma longa peça, que conta com a participação do público e que se torna mais um sucesso em disco. A peça, "What'd I Say", tinha um forte apelo sexual e era tão longa que ocupava as duas faces de um LP.
Em seguida, ele é atraído pela gigante do mercado fonográfico, a ABC - Paramount. É nessa Empresa que sua carreira dispara para a consagração, tanto nacional quanto internacional, com o lançamento de músicas como 'Georgia on My Mind', "I Can't Stop Loving You" e muitas outras.
Em 1965, ao desembarcar no aeroporto de Boston com heroína, é preso por autoridades federais. Ao ser solto, é pressionado pela mulher e termina se internando numa Clínica de Reabilitação para drogados.
Ao retornar ao mundo da música, em 1966, com a canção "Let's Go Get Stoned", Ray passa a se interessar cada vez mais pela música 'pop', e menos pelo 'soul', ritmo que introduzira em 1953.
Em 1979, o Estado da Georgia, que o banira 28 anos antes, o homenageia e declara "Georgia on My Mind", que lhe dera 2 Prêmios Grammy na cerimônia de 1966, a canção oficial do Estado.
Livre das drogas e em paz com a família, Ray continua sua carreira de sucesso até sua morte em 10 de junho de 2004.
"Ray" é um excelente filme sobre a vida do mundialmente famoso cantor e pianista americano, Ray Charles. Realizado pelo cineasta Taylor Hackford, que também participa de sua produção, o filme parte do ótimo roteiro, assinado por James L. White, e consegue captar de forma realista as diversas facetas desse pioneiro, cantor, pianista, homem de negócios, homem de família, sem esquecer seus problemas com as drogas, seus envolvimentos com outras mulheres e sua infância turbulenta. Solidamente documentado, o filme apresenta, portanto, a complexidade desse gênio, com suas qualidades e seus defeitos, não procurando condená-lo mas entendê-lo, ao mesmo tempo em que mostra seu imenso talento musical.
A narrativa é centrada, principalmente, no período que vai de 1949, quando Ray deixa a Flórida, até os anos 70, quando ele já é conhecido como uma celebridade internacional.
Além da bela música, "Ray" nos brinda com a magnífica atuação de Jamie Foxx, no papel-título. Este vive seu personagem de forma eletrizante, em todos os níveis, que se torna difícil identificar onde Foxx termina e Charles começa. Antes de morrer, Ray Charles aprovou a escolha de Foxx, ator que aprendera a tocar piano quando mais jovem.
Merecem, ainda, destaques, as atuações de Regina King, Sharon Warren e C. J. Sanders.
CAA